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Chapter 49 - Batalhas 4

Pov Connor

Por sorte cheguei antes que a luta começasse mas mesmo daqui pude ver que os outros não estavam bem. Pálidos, com a respiração pesada e tremendo, mesmo daqui consegui sentir algo também.

Alguns indícios de algo não natural, algo que não deveria estar aqui, não do mesmo jeito "normal" das coisas na Provação. Era algo mais... do outro lado.

No mundo existem deuses e a crença neles, antes existia uma religião mas por algum motivo ela foi em grande parte esquecida. Agora oque exite mais perto de uma religião são os ensinamentos do Grande Templo.

E um de seus ensinamentos principais é sobre como a morte é um descanso para aqueles que viveram. E o por que violar a morte é um crime quase tão grande quanto qualquer ato vil contra um vivo.

Com um morto tirado de seu descaso ele se torna quse imparavel, salvo por alguns métodos específicos para faze-lo voltar para terra. Mas até lá ele, ou eles no caso, continuariam causando mais morte em uma retaliação ao seu descaso perturbado.

Por isso os ensinamentos também dizem sobre como identificar quem os perturba para que sejam caçados e elimados antes que causaram muitos danos.

Mas eu saberia quais métodos eram esses, ou como seriam as pessoas que o fazem?.

Óbvio que não, mas tenho certeza que uma certa pessoa do nosso grupo saberia. A única coisa que posso fazer era tentar ajudar como eu poderia com meu arco.

Puxando a flecha eu ativei a habilidade que ganhei aqui mesmo na Provação, [tiro de plasma] e o mandei para o goblin/boneco de carne mais próximo do Max. Meu tiro foi certeiro, e a cabeça do goblin sumiu e seu corpo caiu, como uma marionete com os fios cortados.

O som tanto da pequena explosão quanto do goblin caindo no chão pareceu ter acordado os demais, logo se recuperaram e começaram a atacar. Contudo em instantes ficou claro que mesmo atacando eles não iriam cair fácil.

Cortes nos braços, torso ou mesmo no pescoço não os faziam recuar apenas atrasavam, e se ficassem no alcance das espadas curtas eram cortados de forma brutal, e inesperadamente rápida considerando a velocidade em que se moviam.

Os únicos golpes que os faziam parar, eram os na cabeça. Mas mesmo nesse estado os goblins ainda demonstravam ter inteligência o suficiente para reconhecer o próprio ponto fraco, sempre desviando ou impedindo os golpes na cabeça de algum jeito.

'Se as coisas continuarem assim nos não vamos perder, mas também na vamos ganhar. Mas eles não vão deixar as coisas fáceis para nós.'

No mesmo instante que pensei nisso ouvi os uivos dos goblins montados vindo dos flancos.

'Como?! Os únicos portões eram os que nós estávamos jogando as pedras.'

Minha perplexidade não mudava fatos, logo das árvores vários goblins montados apareceram. Não exatamente vários, só alguns deve ter menos 10 juntado os dois lados, mas durante uma batalha onde você está concentrado no inimigo a sua frente qualquer ataque dos lados é ruim.

Eles porém nao nos atacaram e foram direto para nossa retaguarda, talvez quisem diminuir nossos números ou simplesmente cortar a rota de fuga. Eu não sei, mas dos dois jeitos seria um problema enorme para nós.

Felizmente nós estávamos com alguém que já tinha experiência em lidar com batalhas de grande escala, inclusive com ataques dos lados.

Quando os goblins montados chegaram perto do pessoal de trás, já cansado de jogar os pedregulhos, um grito de uma voz forte e levmente rouca foi ouvido.

–LEVANTEM AGORA!!!.

O senhor Andreas bradou e no mesmo instante alguns dos não–combatentes puxaram uma corda e escondida e do chão se ergueram estacas de madeira, que imediatamente empalaram quase todos os goblins montados.

Aproveitando a confusão dos que não tinham sido pegos, 2 dos subordinadso do senhor Piqval rapidamente lidaram com eles e garantiram a segurança dos demais.

O senhor Andreas já tinha imaginado que um ataque no grupo mais atrás poderia acontecer. Então ele usou as toras que não tinham sido usadas nos "carrinhos" ou nos "trilhos" para fazê-las.

Ele usou os não combatentes do senhor Piqval, que não tinham qualquer experiência em construir alguma coisa, para faze-las e esconde-las no chão (na verdade eles só fizeram e jogaram no chão e como estava de noite acreditaram que os goblins não notariam).

O senhor Piqval inicialmente não gostou da ideia achando que isso os exporia a um perigo desnecessário mas acabou bem como o senhor Andreas esperava e ouve mesmo uma emboscada. Com isso mesmo que pouco, a força dos goblins deve ter diminuído mas não podemos ficar felizes ainda.

O goblin com tatuagens, que reanimou os corpos, ainda está dentro da vila junto do goblin com mato que consegue curar os goblins. Se não dermos um jeito neles rápido não temos como vencer.

Correndo e atirando flechas eu logo fui em direção ao senhor Andreas para explicar oque tinha visto.

********************

POV Andreas

'Sempre é preocupante quando as coisas seguem exatamente quando se espera.'

Já ouvi veria vezes tanto de superiores, quanto de colegas, quanto até de subalternos, que eu tenho a tendencia de pensar negativo. Mais vezes que não, meus superiores sempre dizem que as coisas irem exatamente como você previu só prova que você tem um bom instinto, capacidade de julgamento e uma mente sagaz (além de uma certa dose de sorte bem invejável).

'Ainda assim....'

Tem alguma coisa que simplesmente não fecha, se eu tenho um bom instinto então esse instinto está dizendo que tem alguma coisa ruim logo a frente. E no mínimo nesse quesito eu sou obrigado a concordar com os demais deuee eu repelente tenho um bom instinto.

Pouco depois de "abrirmos" o portão principal do vilarejo dos goblins, um grupo de goblins montados aprfeu como eu tinha previsto e foi rapidamente eliminado. Não deve ter dado nem 2 segundos depois que seus corpos sumiram que o jovem Connor apareceu com uma expressão seria no rosto.

Assim que vi aquela expressão soube que meu instinto pessimista estava certo mais uma vez. Mas não foi tão difícil imaginar algo assim, mesmo daqui a quase 40 metros da luta eu conseguia ver os goblins feridos lutando contra os nossos.

Ferimentos graves o suficiente para incapcitalos mas eles continuavam a se mover com propósito nos olhos brilhantes e frios. Não posso dizer que conheço magia a fundo, mas posso dizer que conheço um pouco pelas minhas ameaças pelo reino até mesmo fora as vezes.

Mas as coisas são piores que eu esperava.

Segundo oque Connor disse os goblins principais saíram da casa principal e eles são os responsáveis por isso, dois principalmente um curava os goblins "menos feridos" e o outro reanimava os mortos.

'Tsk, as coisas não vão ficar boas para nós.'

A estratégia mais certeira é a mais obvia, eliminar ambos os goblins e logo ir atrás do chefe goblin como Connor o chama.

'Mas é mais fácil falar doque fazer.'

Graças a bola que eu lancei com a ajuda dos magos do Piqval, não só o portão principal foi destruído, como também foi alargado. Os escombros dos pedregulhos da frente tambem foram mandados para trás, provavelmente acertando mais alguns goblins.

Mas mesmo isso não ajudou muito, a cada instante mais goblins reanimado e alguns curados apareciam, os reanimados formando um paredão que avancava e ataca a e os coradosais atrás atirando pedras e até mesmo flechas com as maos. Nos meros momentos que Connoreveounpara me dar o relatório que toda a entrada já estava abarrotada de goblins.

'Se combinar assim, nos perdemos.'

Nos não só vamos nos cansar como também poderemos ter que lidar com as outras criaturas da Provação e possivelmente mais goblins soltos por aqui, e talvez até com as forças do Barão que obviamente não nos viam de forma favorável.

–Senhor oque devemos fazer?.

Um dos meus subordinados que recentemente aprendeu a usar Aether perguntou, Connor também me olhava esperando uma resposta.

A ideia original era cansar os goblins, diminuir seus números e fazer um ataque em 3 frentes, pogando assim o líder desprevenido e o eimnindo sem problemas. Mas com esses dois "novos" goblins essa estratégia já foi pro buraco, não só aqui como os outros lugares também devem estar sendo atacados.

'Eu bem que queira poder lutar contra esse líder goblin, mas parece que não vou ter a chance. Uma pena realmente.'

Pensei olhando para o estranho céu noturno da Provação.

–Connor!

–Ah!, S-sim!!.

Ele respondeu fazendo uma saudação involuntária.

–Voce já lutou com esse Chefe antes certo?.

Uma sobra cruzou brevemente o rosto do jovem, mas ele ainda respondeu com firmeza.

–Nao eu senhor, meu mestre Diem, mas vi de perto a luta que ele e o capitão de um grupo de cavaleiros realizaram senhor.

–E acha que pode fazer melhor que eles?

Connor parou por alguns segundos com os olhos arregalados antes de responder.

–C-c-com–

–Não temos tempo para enrolação agora Connor. Responda diferente voce acha que pode fazer melhor que seu mestre e o líder daquela ordem de cavaleiros, sim ou não?.

Perguntei com força.

–Eu.... Não sei. Mas mesmo que eu tentasse senhor, não era pra você e a senhorita Yaou lutarem com ele?.

Sim essa era ideia inicial mas as coisas mudaram agora.

–Sim mas diga-me você e seus amigos conseguiram aguentar todos esses goblins mais os que já devem estar chegando?.

–Nao.

–Eu sim, então eu cuido daqui e você é seus amigos vão cuidar dele.

–Mas–

–E também isso é algo que você também quer não é?.

Ele engoliu seje lá oque estava prestes a dizer e me deu um olhar meio atômico, meio confuso, meio agradecido.

Não era algo difícil de entender, qualquer um que tenha sido criado por seu mestre gostaria da chance de vinga-lo, mas em prol de um ganho maior, e de dar mais orgulho para seu mestre. Connor estava disposto a deixar o dever de eliminar o líder dos goblins para mim alguns dos meus subordinados mais leais e a senhorita Yaou.

Nessa semana que passamos nos preparando eu pude ver tanto a disciplina e didicscaondpee quanto dos amigos, a sinergia, camaradagem e entendimento que eles tem não é algo que se visse com frequência mesmo em integrantes de ordens por anos, disso eu infelizmente sei bem.

–Tenho certeza que vocês vai conseguir, e se não. Bomm... Não é como se eu tivesse que ficar limpando essa bagunça pra sempre. Fora que, ainda temos que ouvir dos nossos "amigos" lá atras. Então porque não dar uma oportunidade para esses jovens para se provarem de uma vez? Assim até os abutres que ficam rondando vocês vão ir embora certo?.

Connor novamente me olhei com as mesmas emoções mistas mas a que se destacou agora foi a gratidão.

–Entendido senhor, então vou ter que pedir para você segurar um pouco as coisas aqui.

–Pode deixar, mas é melhor ser rápido não pretendo deixar os mais novos me deixarem pra trás tao fácil assim.

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