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Chapter 26 - Capítulo 24 – A Sinfonia da Guerra: Segunda Nota

A floresta de Green Bit já não era apenas um campo de batalha. Era um palco. Um teatro de guerra onde cada árvore era uma cortina, cada raiz uma armadilha, e cada folha, uma testemunha silenciosa da carnificina que se desenrolava.

O falso pulso de Doflamingo ainda vibrava sob o solo, mas agora, ele era desafiado por algo mais profundo. O Pulso Pulsante do Mundo de Kaien reverberava em ondas, como um tambor ancestral que anunciava o colapso da harmonia imposta.

Lyra avançava pela névoa, os olhos semicerrados, o rifle recarregado. O inimigo anterior havia sido apenas um teste. Agora, ela sentia algo mais… algo que não conseguia prever.

"Não consigo ver o próximo movimento…"

Um sussurro cortou o ar. "Você confia demais no que vê antes de acontecer."

Um disparo. Lyra girou, mas a bala já havia passado por ela — não para atingi-la, mas para testar sua reação. Ela se escondeu atrás de uma árvore, o coração acelerado.

"Ele está usando meu próprio Haki contra mim…"

Do alto das árvores, surgiu uma figura encapuzada, com um rifle semelhante ao dela. Mas o cano era feito de fios entrelaçados, e o olho direito brilhava em vermelho.

"Sou o Espelho da Mira. Cada previsão sua, eu antecipo. Cada tiro seu, eu devolvo."

Lyra respirou fundo. "Então vamos ver quem enxerga mais longe."

Ela disparou. Ele desviou. Disparou de volta. Ela se abaixou. A floresta virou um campo de tiros silenciosos, onde cada bala era uma pergunta e cada esquiva, uma resposta.

Mas Lyra começou a mudar o ritmo. Ela disparava em ângulos impossíveis, usava ricochetes, criava padrões falsos. E então, ela fechou os olhos.

"Você vê o que eu vejo. Mas não o que eu sinto."

Ela disparou sem mirar. A bala atravessou a névoa, curvou-se no ar, e atingiu o inimigo no ombro.

Ele gritou, cambaleando.

"Como… você não mirou…"

Lyra se ergueu, o rifle em punho.

"Eu não preciso mirar. Eu peso o momento. E agora, é a sua vez de cair."

Killer avançava entre as pedras, os músculos tensos, as lâminas vibrando com Haki. O inimigo anterior havia sido apenas uma distração. Agora, ele sentia algo mais… algo que não fazia barulho.

De repente, o chão sob seus pés cedeu. Ele caiu em uma câmara subterrânea, cercada por espelhos de metal polido. Seu reflexo estava em todos os lados.

E então, surgiram dezenas de versões dele mesmo. Mesmos movimentos. Mesmas lâminas. Mesma velocidade.

"Você é o corte", disse uma das cópias. "Mas e quando o corte se volta contra você?"

Killer não respondeu. Ele avançou, cortando uma das imagens — que se desfez em fios. Outra o atacou por trás. Ele girou, bloqueando por instinto.

"Não são ilusões. São cópias físicas… feitas de fios."

Ele ativou seu Haki de Observação, tentando distinguir o verdadeiro inimigo. Mas cada cópia tinha peso. Cada uma pulsava com intenção.

"Ele está usando meu próprio Haki contra mim…"

Killer fechou os olhos. "Então vou cortar o ritmo."

Ele começou a girar, as lâminas criando um vórtice de aço. As cópias avançaram, mas foram despedaçadas uma a uma. Ainda assim, novas surgiam.

"Você não pode vencer o que é você mesmo", disse uma voz.

Killer parou de girar. "Eu não sou só corte. Eu sou o silêncio entre os golpes."

Ele desapareceu com o Soru, reaparecendo atrás do verdadeiro inimigo — um homem de fios, escondido entre os espelhos.

"Você errou o reflexo."

Um único corte. Silencioso. Preciso. Final.

O céu rugia. Seraphine voava em círculos, as asas da Gauna Dourada abertas, as garras reluzindo. Mas agora, ela não enfrentava apenas um inimigo. Três guerreiros alados, manipulados por fios, voavam ao seu redor.

"Você não é a única que domina os céus", disse um deles. "Você é só uma lenda. Nós somos a realidade."

Seraphine sorriu. "Então venham. Vamos ver se a realidade aguenta ser esmagada."

Eles atacaram em uníssono. Um veio de cima, outro por trás, o terceiro pela frente. Seraphine girou no ar, desviando com precisão. Suas garras cortaram o primeiro, mas os outros dois a atingiram com fios que se enrolaram em suas asas.

Ela caiu em espiral, mas antes de tocar o chão, explodiu em uma onda de vento.

"Dança dos Ventos!"

Os fios se romperam. Ela subiu novamente, os olhos dourados brilhando.

"Vocês querem me puxar para baixo. Mas eu sou o céu."

Ela avançou com velocidade absurda, as garras estendidas. Um golpe. Dois. Três. Cada inimigo foi atingido com força suficiente para quebrar ossos.

Mas então, o verdadeiro inimigo surgiu. Uma mulher envolta em penas negras, com olhos de águia e fios saindo das costas.

"Você é a Gauna. Eu sou a Ceifadora do Céu."

Seraphine sorriu. "Então vamos ver quem devora quem."

Kid caminhava entre destroços de ferro, o corpo coberto por placas metálicas. O inimigo anterior havia sido esmagado. Mas agora, ele sentia algo diferente.

O chão tremia. Do subsolo, surgiu um colosso de fios e aço, com braços múltiplos e olhos vermelhos.

"Você é o caos. Eu sou o construtor da ordem."

Kid riu. "Você é só uma pilha de sucata com ego."

O colosso avançou, esmagando árvores, lançando fios como lanças. Kid absorveu o impacto, puxando mais metal para si.

"Punk Leviathan!"

Ele se transformou em uma serpente metálica gigante, com mandíbulas de aço e olhos flamejantes. A batalha foi titânica. Cada golpe rachava o solo. Cada colisão criava ondas de choque.

Mas o colosso se regenerava. Os fios se reconectavam. Kid rosnou.

"Você não vai se manter inteiro por muito tempo."

Ele concentrou seu Haki de Armamento em um único ponto. "Foco Magnético."

Um soco. Direto no núcleo. O colosso explodiu em mil pedaços.

Mas do meio da fumaça, uma nova forma surgia. Mais rápida. Mais letal.

Kid sorriu. "Agora sim. Vamos brincar de verdade."

Enquanto os combates se intensificavam, Kaien permanecia no centro da floresta. Sete ondas pulsavam sob seus pés. Sete batidas fundidas em uma sinfonia de destruição.

Ele não havia se movido. Mas o mundo ao redor já estava tremendo.

No próximo capítulo, os combates atingirão o clímax. E Kaien finalmente dará o primeiro passo.

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